A buzina tem origem nos instrumentos musicais pré-históricos. O seu nome em inglês “horn” diz-nos quase tudo: fabricada a partir dos cornos de animais a sua intenção original é alertar, chamar, avisar. Não foi portanto inventada para protestar, reclamar, informar a população em geral de que estamos irritados.
Tem sido uma preocupação nossa de que a equipa tenha uma só “identidade”, um padrão de comportamento e uma conduta exemplar.
O código da estrada, Artigo 21º dita que: “2 — Só é permitida a utilização de sinais sonoros: a) Em caso de perigo iminente; b) Fora das localidades, para prevenir um condutor da intenção de o ultrapassar e, bem assim, nas curvas, cruzamentos, entroncamentos e lombas de visibilidade reduzida”.
Além que o uso desadequado da buzina pode incorrer em sanções aplicáveis pela própria lei, o seu uso e abuso impróprio revela inaptidão do condutor para o desempenho da sua missão. Quando um condutor buzina por “tudo e por nada” revela que está num estado de impaciência e de descontrolo pessoal. A mensagem que ele transmite é: “Estou aqui, não gosto disto, não gosto de turistas, não gosto do que faço, quero chegar rápido a casa”. Será esse o teu estado quando andas na estrada?
Na nossa equipa damos liberdade a que o motorista escolha os seus melhores horários para trabalhar e dê prioridade às suas necessidades pessoais e familiares, pois entendemos que para se andar na estrada deve-se fazê-lo com agrado, motivação, tolerância e cortesia. Estar irritado e revelar uma conduta desadequada neste ambiente social de risco não é aceitável no quadro dos nossos valores e padrão de comportamento.
Tive um amigo que me contou pessoalmente do seu vício de buzinar sempre que o semáforo verde abria. Um dia, ele era o primeiro da fila e começou a praguejar e a apitar… Só então se deu conta do seu estado de imbecil e mudou de atitude.
Continuação de boas viagens.
A equipa Arado Azul.